Tinto
Produzida a partir da fermentação de diversas castas tintas, a bebida conhecida como Vinho Tinto pode ser obtida por meio de diferentes tipos de cepas, incluindo apenas uma ou até várias delas, o que o classifica como um corte. Para a sua criação, é possível utilizar uma ampla variedade de uvas, como Merlot, Tannat, Zinfandel, Touriga Nacional, Tempranillo, Pinot Noir, Cabernet Franc, Sangiovese, dentre outras. A seleção da uva utilizada influencia diretamente na tonalidade do vinho tinto, que pode ser mais ou menos opaca.
Após a escolha da melhor uva para a produção do vinho, o processo envolve deixar a casca da uva em contato com o mosto - o sumo das uvas - antes da fermentação, de modo a extrair pigmentos e taninos da uva, que se concentram em sua casca. Esse tempo de contato varia conforme o resultado almejado pelo produtor, podendo ser estendido para conferir maior estrutura e potencial de guarda ao vinho.
Durante a fermentação, surgem impurezas na superfície do mosto, o que é conhecido como “chapéu”. Para obter a quantidade desejada de aromas, pigmentos e tanino, é preciso que o mosto seja bombeado para a parte superior, onde as impurezas se encontram. Caso a fermentação seja completa, todo o açúcar será transformado em álcool, resultando em um vinho tinto seco.
Alguns exemplares passam por um processo de fermentação malolática, que transforma o ácido málico em ácido lático, conferindo ao vinho uma estrutura mais suave. Ao final do processo, é decidido se o vinho tinto amadurecerá em barricas de carvalho ou outro tipo de madeira, influenciando diretamente nos seus aromas e na quantidade final de taninos.